
Procuro eliminar os meus limites
Nesse mesmo buraco que finges não estar
Nesse mesmo azar de dificuldades
Para realidade quero te acordar
Toda essa desigualdade que incomoda
O que importa se dizem que tudo vai passar
Essas causas largadas
Derramando desgraças
Tantas familias desabrigadas
Dentro da escuridão exagerada
Dando a mesma função
Para essa cidade assustada
Mórbida e vomitada situação
Nosso trabalho cansativo de evolução
ONDE TUDO QUE EVOLUI, É UMA GRANDE DEPRESSÃO
Ractizada abraçando minha guitarra
no trem cruzando de Leste ao Oeste
Meditando cara, preço, esmolas pendentes
minhas notas simples de solidão
Talvez venham surrar vergonhosas fardas
Talvez manchas na pele sejam em vão
Crianças cheirando cola na estação
Que me perguntam para onde irão
Fatos que me deixam DILACERADA
Querendo me arrancar o coração
Enfim ainda dizes que não enxergas nada
Ainda insistem em permanecer entaladas
Toda essa raiva que não me enxergas
Ainda vivemos como almas penadas
Olhando só o que não traz emoção